Crédito e renda - Um grande erro relativo ao comportamento financeiro é achar que crédito é extensão da renda.

22/05/2014


Um grande erro relativo ao comportamento financeiro é achar que crédito é extensão da renda. Não se engane! O uso do cartão de crédito nos dá a falsa sensação de que não estamos gastando... até chegar a fatura. O mesmo acontece com o cartão de débito, já que não estamos manuseando papel moeda, o que pode facilmente acarretar a entrada automática no cheque especial. E mais: sem você se dar conta.

O famoso cheque especial é oferecido pelos bancos com altas taxas de juros, em torno de 11% ao mês , podendo se tornar um problema caso não haja planejamento e controle dos gastos. Se você parar para pensar, ele nada mais é do que um empréstimo que, no final das contas, terá de ser devolvido com juros. Alguns bancos, no entanto, oferecem prazo de até dez dias sem juros para este serviço, lembrando que, a partir do décimo primeiro dia, a não quitação do empréstimo (parcial ou integral) incidirá juros sobre o montante da dívida em todo período.”

 

Para não se complicar com o crédito, o ideal é contar com o valor da sua renda líquida. Crédito é empréstimo. A renda líquida nada mais é do que seu salário bruto depois de descontados a Previdência, o Imposto de Renda (dependendo da faixa de renda), o vale-transporte (se houver) e demais “benefícios”. Para quem já entrou no cartão de crédito ou no cheque especial, é bom se planejar, negociar com a entidade financeira e quitar as dívidas, porque a tendência é o valor aumentar cada vez mais.

 

Atenção! Crédito não deve ser visto como algo negativo, mas é preciso saber usá-lo para não se enrolar. Por isso, repito, são necessários o planejamento e o controle financeiro. Para emergências, mantenha uma poupança, porque é mais fácil de retirar a quantia na “data do aniversário” do que outros investimentos, sem perdas pela tributação.

 

Fato: emergências acontecem! Neste caso, dizemos que a poupança tem mais liquidez do que outros ativos. Dependendo da necessidade, sairá mais barato usar a poupança do que usar o crédito. Mas não se esqueça de devolver o valor que foi retirado. Assim, você poderá usar outras vezes se houver urgência.

 

Evite comprar com cartão de crédito, mesmo com os cartões sem anuidade oferecidos pelas grandes redes varejistas. O recomendável é pagar à vista. E evite parcelamentos. Sabemos que, psicologicamente, as compras à vista doem mais no bolso do que as parceladas, porque temos a sensação de que vai sobrar um pouco mais de dinheiro no final do mês. Mas, imagine várias comprinhas de pequeno valor parceladas na fatura do seu cartão ao mesmo tempo. Suas compras podem se tornar um pesadelo.

 

E se você participa de programa de pontos/milhagem no cartão, olho vivo. Será que é vantagem? Afinal de contas, você só poderá transferir a sua pontuação a partir de certa quantidade de pontos, que são calculados dependendo do valor pago na fatura. E, muitas vezes, você não poderá retirar o prêmio imediatamente, no caso de passagens aéreas, porque precisa de determinada quantidade de milhas para realizar a troca pela passagem. Verifique se realmente compensa.

 

Se existir dúvidas de como utilizar o cartão, o melhor a fazer é comprar à vista.
Na Escola de Educação Financeira do Rioprevidência você poderá frequentar cursos gratuitos que poderão ajudar nas suas decisões de consumo e crédito.

 

Alessandra Baldner Pontes
Jornalista





Depoimentos

"Fiquei muito satisfeito com iniciativa de compartilhamento de conhecimento desenvolvido pela professora Olivia sobre o tema da alimentação adequada/ saudável."


Guilherme Gomes - Professor Aposentado - participante da Palestra: Aproveitamento Total dos Alimentos - da Teoria à Prática.

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