Seu estilo de vida é compatível com a sua renda?

26/06/2014


Se você gasta mais do que ganha e considera o Cheque Especial e o limite do Cartão de Crédito como parte do seu salário, está na hora de rever alguns conceitos. A não ser que você queira continuar neste círculo vicioso pelo resto da vida... Cá entre nós, ter um estilo de vida com idas a bons restaurantes, cinema, teatro e muitas compras_ sem contar viagens_ só será bom se for compatível com a sua renda. Caso contrário, a tendência é que você se afunde cada vez mais em dívidas.

 

Sabemos o quanto comprar e curtir a vida é bom. Curtir a vida vicia! E é necessário que você tenha momentos de lazer. O grande problema de curtir a vida reside no fato de as pessoas costumarem perder o controle e passar dos limites. A partir daí, a renda não conseguirá suprir as despesas cotidianas. O resultado: empréstimos e dívidas, dívidas e mais empréstimos. Ah, um salário mais alto...?

 

Ganhar mais não resolve o problema. Uma pesquisa realizada pelo Serasa Experian em 2013 apontou que o consumo de pessoas que ganhavam um salário mínimo era proporcional ao das que ganhavam em média dez salários mínimos. Trocando em miúdos: o consumo aumenta junto com a renda. E, geralmente, ele é despertado pela demanda reprimida de bens e de serviços. Há algo que você já quis comprar, não podia, e agora tem condições, mesmo que seja parcelado? Provavelmente sim. Ter desejos de consumo é normal. Nossa realidade é movida pelo desejo de consumo. Basta ligar a televisão para confirmar. Mas tudo na vida precisa de um limite.

 

Se você se enxerga nesta situação e quer reverter o problema, a solução pode ser encontrada na Educação Financeira, em adotar um estilo de vida compatível com a sua renda. Lazer é importante, sim. Mas, evitar dívidas desnecessárias e conseguir poupar para o futuro também o são. Vamos envelhecer, é fato. E viver como se não existisse o amanhã provavelmente não lhe renderá uma velhice tranquila. Partindo do pressuposto de que sua renda não é infinita, a frase “tudo que é em excesso faz mal”, que as avós costumam repetir, faz sentido.

 

Aproveite a vida, mas também saiba poupar para os momentos difíceis e para a aposentadoria. Os brasileiros ainda não têm este costume. E mais: você não precisa deixar de curtir a vida para poupar. Uma dica? Comece separando 10% do seu salário para a poupança, como se fosse uma prestação de um bem. Tente criar este tipo de compromisso. Mas é preciso força de vontade! Depois que nos acostumamos, fica mais fácil nos reeducarmos. A partir daí, se você preferir, poderá diversificar seus investimentos para além da poupança. Acredite, isso é possível.

 

Alessandra Baldner Pontes
Jornalista





Depoimentos

"Fiquei muito satisfeito com iniciativa de compartilhamento de conhecimento desenvolvido pela professora Olivia sobre o tema da alimentação adequada/ saudável."


Guilherme Gomes - Professor Aposentado - participante da Palestra: Aproveitamento Total dos Alimentos - da Teoria à Prática.

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