1) Organize suas contas
O primeiro passo é fazer um orçamento. Nele devem constar tanto os seus ganhos quanto seus gastos. Faça uma lista de todas as suas receitas, salário, pensão alimentícia, aluguel recebido e, de outro lado, liste também as despesas como aluguel ou prestação da casa própria, mensalidade escolar, supermercado,contas de água, luz telefone e as despesas no cartão de crédito, com lazer, etc. Entre as suas despesas, já deixe uma coluna separada para valores que deseja poupar e/ou investir. Coloque no papel e trace uma estratégia para atingir os objetivos. Se no seu caso as despesas básicas são pequenas, faça uma análise detalhada dos gastos do cartão de crédito, que normalmente costumam ser os grandes vilões da poupança.
2) Renegocie suas dívidas
Se tiver dívidas, procure seus credores e tente renegociá-las, ampliando o número de parcelas, de modo que elas caibam em seu orçamento mensal. Comece quitando as dívidas mais caras, como as com o banco, se for o caso. Direcione de 15% a 20% da sua receita mensal para o pagamento das dívidas. Por maior que seja a sua vontade de pagá-las, se elas consumirem muito mais do que esta porcentagem, você corre o risco de fracassar. No momento da renegociação, peça que não haja cobrança de juros durante o período em que estiver saldando a dívida.
3) Considere tomar empréstimo
Se tiver dívidas com cheque especial e cartão de crédito, que têm os juros mais altos do mercado, levante um empréstimo pessoal junto ao banco, cuja parcela não ultrapasse 30% da sua renda, por 36 ou 48 meses. Se tiver dívidas em lojas ou outras instituições, peça um desconto para quitá-las de uma vez. Verifique também a possibilidade de fazer um empréstimo pelo crédito consignado que tem os juros mais baixos do mercado. Esse tipo de empréstimo é mais barato, pois o débito da parcela ocorre diretamente em seu contra-cheque.
4) Cuidado com os falsos profetas
Podem aparecer pessoas prometendo tirá-la do sufoco mediante o pagamento de módicas taxas. Cuidado, muita gente com dificuldade em obter crédito no mercado acaba caindo em armadilhas de agiotas disfarçados, que se apresentam para renegociar a dívida. Você não precisa recorrer a terceiros. Procure você mesma o seu credor, sem nenhum intermediário. Tome conhecimento da sua dívida atualizada e tente renegociá-la. Proponha trocar a dívida antiga por outra nova sem entrada e com um prazo para efetuar o pagamento da primeira parcela.
5) Venda alguns bens para quitar dívidas
Se for preciso, faça uma avaliação de seus bens. Se você possui carro, eletroeletrônicos, roupas, jóias e bijuterias em bom estado, tente vendê-los e usar o dinheiro para quitar ao menos parte das dívidas, até conseguir se organizar.
6) Não se importe com o tempo
Neste momento de reestruturação financeira, saiba que você poderá demorar para colocar sua vida em ordem. Não se preocupe com isso. Mesmo que você leve anos para quitar suas dívidas, o importante é começar.
7) Cancele cartões de crédito
Resolvida a primeira etapa de quitar as dívidas, cancele todos os seus cartões e nunca mais compre em parcelas em lojas. Anote tudo o que consome e controle com rigor seus gastos. Ao anotar tudo o que gasta, você poderá avaliar o que é supérfluo, e rever seu estilo de vida.
8) Pare de usar cheque pré-datado
Se você não consegue manter o controle dos seus gastos no cheque, é melhor parar de usá-lo. Você pode aposentar o talão de cheques, reduzir o limite do cheque especial ou mesmo dispensá-lo. O ideal é só usar o cartão de débito. A vantagem é que no cartão de débito não há fatura para pagar no fim do mês, como ocorre com o cartão de crédito. Afinal, você só gasta o que tem na conta corrente. O cartão de débito une duas importantes vertentes da educação financeira: gastar apenas o que se tem em caixa e manter as despesas no seu campo de visão.
9) Pense no futuro
Você pode gastar, mas com planejamento. Além disso, é preciso também guardar dinheiro. E guardar para um futuro não tão distante. A longevidade é uma conquista da humanidade e precisamos nos preparar para isso. Somos bombardeados por publicidades que tentam mostrar que "precisamos" deste ou daquele produto. O antídoto a esses apelos é a informação. E informação de qualidade é o suficiente para fazer render o seu dinheiro. Compre, mas faça-o de forma consciente. Não só avalie o preço ou sua capacidade de pagamento, como também o impacto dessas compras no orçamento familiar. Saber consumir é uma arte. Ser consumista causa muitos males. E um deles é chegar na fase da aposentadoria sem dinheiro para ter qualidade de vida e bem-estar físico e financeiro. Pense já no futuro, e acumule o suficiente para não cair drasticamente o seu padrão de vida.
10) Comece a poupar
Quando as dívidas estiverem pagas e seu orçamento equilibrado, você poderá começar a poupar. Se você prefere construir um patrimônio para manter seu estilo, comece a gastar menos do que ganha e, com as sobras, poupe e invista para ver seu bolo crescer. Estabeleça como meta poupar 5% de sua renda, no início, e depois 10%. Dessa forma, aos poucos você estará construindo sua estabilidade financeira e uma vida confortável na aposentadoria. Fontes consultadas: Sinaira Polucarpo, superintendente executiva de investimentos do Banco Santander; Aline Lira, professora da Investeducar, escola de educação financeira.
Fonte: Letras e Lucros
Depoimentos
"Fiquei muito satisfeito com iniciativa de compartilhamento de conhecimento desenvolvido pela professora Olivia sobre o tema da alimentação adequada/ saudável."
Guilherme Gomes - Professor Aposentado - participante da Palestra: Aproveitamento Total dos Alimentos - da Teoria à Prática.