As mulheres e a Educação Financeira.
04/02/2014
Fatos. É quase impossível viver sem dívidas nos dias de hoje. Já nascemos devendo. Mas é possível viver, e viver bem, com as contas equilibradas. Basta desenvolvermos a Educação Financeira, que nada mais é do que a administração consciente do próprio dinheiro.
Para as mulheres, em sua grande maioria consumistas por natureza, administrar o próprio dinheiro nem sempre é fácil. De acordo com detalhamentos do indicador ampliado do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, dentre os mais de 150 milhões de CPF utilizados na pesquisa, as mulheres representaram quase 55% dos casos de negativados no país no mês de setembro de 2013. A pesquisa ainda aponta que o motivo de sermos mais inadimplentes que os homens reside no fato de comprarmos mais a prazo. Gostamos mesmo de comprar! Afinal, mulher tem que estar sempre bonita.
Contudo, com as facilidades de crédito e o consumismo motivado por publicidades muito bem elaboradas, muitas vezes não nos damos conta de que tudo tem o seu custo de oportunidade: se você compra mais roupas ou produtos de beleza, ou qualquer produto que lhe faça sentir bem, está deixando de poupar para adquirir outro bem, como uma viagem, um carro ou a casa própria. Este é o seu custo de oportunidade por deixar de poupar agora para adiar o consumo. Além disso, ao parcelar, muitas vezes nem nos lembramos dos juros (ou fingimos que não nos lembramos), afinal, a máxima do “eu mereço!” de vez em quando aparece como desculpa. Bom, cada pessoa tem a sua prioridade. Contudo, o segredo não é simplesmente parar de comprar, é comprar de forma consciente. Assim, é possível realizar um sonho sem deixar de consumir.
Educação Financeira. Como já foi dito antes, a Educação Financeira é a administração consciente do próprio dinheiro. Em resumo: é ter um padrão de vida ajustado à sua renda. Não se trata de ganhar muito ou pouco.
Em pesquisa divulgada no mês de maio de 2013, o Indicador Serasa Experian de Educação Financeira apontou que dinheiro na conta não é sinônimo de bom comportamento financeiro. Chegou-se à conclusão de que pessoas que recebiam um salário mínimo estavam tecnicamente empatadas em comportamento financeiro com as que recebiam mais de dez salários. Pasme! Dessa forma, a maioria das pessoas acaba por gastar mais do que ganha, não forma poupança nem planeja futuro. E a consequência é o superendividamento, não só da pessoa, mas da família.
Crédito. É preciso ter em mente que cartão de crédito não é extensão da renda, e, sabendo usá-lo, pode ser um aliado. Contudo, ter mais de um cartão pode lhe oferecer a chance de aumentar o rombo no orçamento, já que é preciso ter muito controle para não se enrolar em dívidas. Quando pagamos o mínimo, na prática estamos pagando somente os juros do cartão naquele período. É por isso que muitas vezes, a dívida no cartão de crédito se torna uma bola de neve.
Algumas famílias têm o mau hábito de jogar todas as contas no cartão sem discriminar as despesas. Mesmo que todas as contas sejam colocadas no cartão de crédito, é preciso discriminá-las de forma a saber exatamente em que a sua renda é gasta, para que se possa organizar as suas finanças. Ao colocar tudo no cartão como se fosse uma única conta, perde-se a noção do real gasto com cada tipo de compra (supermercado, salão de beleza, presentes, contas diversas, entre outros).
O mesmo pode-se dizer do cheque especial. Se você observar os juros do cheque especial, vai pensar duas vezes antes de utilizá-lo.
O crédito seduz as pessoas, é fato. Por isso, ele deve ser usado de forma consciente.
O mundo mudou. As mulheres mudaram. E você é a agente de sua própria mudança.
Alessandra Baldner Pontes
Jornalista
Depoimentos
"Fiquei muito satisfeito com iniciativa de compartilhamento de conhecimento desenvolvido pela professora Olivia sobre o tema da alimentação adequada/ saudável."
Guilherme Gomes - Professor Aposentado - participante da Palestra: Aproveitamento Total dos Alimentos - da Teoria à Prática.