
Famílias ficaram menos endividadas, mas inadimplência cresce em 2015, diz CNC
01/02/2016
O País registrou uma redução de 1,3% no número de famílias endividadas em 2015. No entanto, aumentou a proporção de inadimplentes, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
No ano passado, 61,1% das famílias brasileiras tinham dívidas a pagar, enquanto em 2014, 61,9% das famílias possuíam algum tipo de dívida.
Apesar da tendência de redução no endividamento, o indicador de inadimplência teve um salto de 8,4% no período, com agravamento especialmente no último trimestre do ano. O montante de famílias com contas em atraso aumentou de uma média de 19,4% em 2014 para 20,9% em 2015.
Houve elevação também na fatia de famílias que declararam não ter condições de pagar as dívidas em atraso, passando de uma média de 6,3% em 2014 para 7,7% do total de famílias em 2015.
A pesquisa considera como dívidas os pagamentos a vencer em cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro e financiamento de casa, entre outros.
O cartão de crédito manteve a liderança no ranking de tipo de dívida mais citada pelas famílias brasileiras. Em 2015, 76,1% dos consumidores possuíam contas a pagar no cartão. O carnê foi o segundo tipo de dívida mais citado, apontado por 16,9% das famílias, seguido pelo financiamento de carro, lembrado por 13,7% dos entrevistados.
Segundo a CNC, o perfil de endividamento das famílias não mudou muito em relação a 2014, mas aumentou a importância do financiamento habitacional, citado por 8,3% das famílias, em média, em 2015, ante uma média de 7,8% em 2014.
O encarecimento do crédito ao longo do ano resultou num aumento do comprometimento de renda das famílias com as dívidas, ressaltou a CNC. A parcela média da renda mensal comprometida com as contas a pagar cresceu de 30,4% em 2014 para 30,6% em 2015, mesmo com a continuidade do alongamento dos prazos dos empréstimos e financiamentos tomados pelos consumidores.
A maior participação do financiamento de casas na composição das dívidas foi uma das explicações para que o tempo médio de comprometimento das famílias com dívidas passasse de 6,9 meses em 2014 para 7,1 meses em 2015.
Depoimentos
"Fiquei muito satisfeito com iniciativa de compartilhamento de conhecimento desenvolvido pela professora Olivia sobre o tema da alimentação adequada/ saudável."
Guilherme Gomes - Professor Aposentado - participante da Palestra: Aproveitamento Total dos Alimentos - da Teoria à Prática.