
A Páscoa está chegando...
Uma saudade com uma pitada de melancolia está me levando a uma reflexão.
Quando era criança, eu e mais cinco irmãos morávamos em uma rua residencial. Nossa casa era muito grande e nossas avós moravam conosco. Tínhamos sempre algum agregado que meus pais consideravam "filhos de fora da barriga" que passavam uma temporada para estudar e saíam de nossa casa formados ou casados.
Todas as comemorações se transformavam em grandes festas, não precisávamos de convidados. Minha mãe cuidava de tudo! Adorava "casa cheia".
Quando os filhos casaram e chegaram os netos, as festas ficaram ainda mais animadas. Nosso pai era um ótimo provedor!
Embora tenhamos mantido a tradição, não conseguimos mais nos reunir como antes. Nossos filhos, casados, cada um em um estado. Temos que nos programar muito levando em consideração tempo, dinheiro e priorizar qual data é mais "importante" para nos reunirmos.
Quando meus netos estavam na primeira infância era mais fácil a família viajar para passar os feriados conosco, já agora, com tantos compromissos não conseguem com a mesma frequência.
Um turbilhão agita meus pensamentos e consegui alegrar meu coração com a lembrança de um fato ocorrido com meu neto. Estávamos na casa de seus avós paternos quando seu avô, animadamente chamou os quatro netos para ver Papai Noel. Meu neto, com seis anos, estava no quintal, próximo à janela da cozinha, e eu, enquanto lavava a louça escutei-o resmungando:
"Vovô está chamando de novo. Papai Noel está no Palácio de Cristal... o Gugu não vai, ele tem 10 anos, já é grande, não acredita em Papai Noel. Eu também já sou grande, tenho seis, também não quero ir, se ele não existe... é bobeira.
A Bia e a Dudinha já estão no carro, animadinhas. Também, quatro anos, acreditam em tudo.
A vovó disse que se existe na imaginação é porque existe...
Monstro não existe e me dá medo...
Papai Noel não existe e dá presente...
E Coelhinho da Páscoa? Será que não existe? Ele é “massa”, dá chocolate...
Ouch! O Gugu está entrando no carro, também vou..."
Nos cursos da Escola de Educação Financeira que frequento no Rioprevidência aprendi que o importante é PLANEJAR. Podemos gastar nosso dinheiro como nos aprouver, desde que não nos endividemos.
Com essas lembranças de um passado recente, me animei. Embora com a família distante, preparei minha planilha, direcionei a cota de presente para Páscoa, enviei pelo SEDEX o short customizado que minha neta pediu e o equivalente em dinheiro para meu neto mais velho.
Já há algum tempo, mudei a forma de comunicação com minha família fazendo um Combo de internet de 10 MB e telefone com preço fixo e ligações DDD ilimitadas que nos permitem, a mim e meu marido, acompanharmos o desenvolvimento deles de uma forma "online" com muita economia. No mínimo, duas vezes por ano, viajamos para comemorar seus aniversários.
A Escola de Educação Financeira do Rioprevidência tem a preocupação de orientar nós, idosos, a fazermos escolhas que não nos levem a "comprar afeto".
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Lucia Borges Aluna da Escola de Educação Financeira do Rioprevidência |
Depoimentos
"Fiquei muito satisfeito com iniciativa de compartilhamento de conhecimento desenvolvido pela professora Olivia sobre o tema da alimentação adequada/ saudável."
Guilherme Gomes - Professor Aposentado - participante da Palestra: Aproveitamento Total dos Alimentos - da Teoria à Prática.