Dezembro... Verão! Gosto dessa época do ano. O Rio de Janeiro entra em ebulição

O reencontro com pessoas que perdemos o contato se torna casual e me dá muita alegria.
A atenção com as contas é primordial, pelo menos para mim que gosto de presentear. Faço minha planilha com antecedência, calculo quanto posso gastar com as festas de Natal e vou às compras!

Estava no shopping do bairro e encontrei a mãe de um ex-colega de turma de meu filho mais novo. Na época em que eles estudaram juntos, em regime de internato, nos encontrávamos em todos os finais de semana. Eles chegavam em casa na sexta-feira e iam embora no domingo.

Nossas conversas giravam em torno de coisas boas. Nas festividades da escola parecíamos todos bem sucedidos. Na formatura, estávamos orgulhosos e nunca comentamos se tivemos dificuldades. O curso era remunerado e fazíamos questão de dizer que pagávamos para eles todas as despesas com transporte, livros e gasolina no carro para passearem com as namoradas nos finais de semana.

Isso foi há dezoito anos. Embora tenha encontrado com ela algumas vezes, continuamos sem nos conhecer muito bem. Esta semana, ao encontrá-la, fomos para um barzinho colocar os papos em dia, "atualizar o banco de dados". Depois de falarmos sobre nascimento de netos, ela me perguntou o que tenho feito. Com muito entusiasmo falei da Escola de Educação Financeira e como havia mudado meu comportamento. Nosso relacionamento mudou. Ela, que era sempre muito bem sucedida e se orgulhava de não trabalhar fora para dar atenção aos deveres de mãe e dona de casa, começou a falar como trabalhava vendendo artesanato para ajudar o marido nas contas da casa.

Conversamos muito sobre todos os assuntos, e ela parecia outra pessoa: sincera, sensata e compreensiva. Aproveitou as dicas e pediu o site da EEF.

A tarde passou bem rápida, estava feliz com minhas compras e com nosso reencontro, e quando tirei o carro do estacionamento fui para casa recordando o soneto "Mal Secreto" de Raimundo Correa:
"...
Tudo o que punge, tudo o que devora / O coração, no rosto se estampasse;
...
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!"
Fico pensando se ela achava a mesma coisa em relação a mim: uma vida com muita bonança e sem problemas financeiros.
Cada dia que passa me sinto mais realizada e feliz em poder ser "Multiplicadora de Conhecimentos" dos cursos da Escola de Educação Financeira do Rioprevidência.

Lucia Borges Aluna da Escola de Educação Financeira do Rioprevidência Analista de Sistemas e Professora de Informática - aposentada luz.borges@gmail.com