Hoje amanheci com um misto de arrependimento e satisfação.

Semana passada, na hidroginástica, conversa vai... conversa vem, vendo a situação que uma de minhas amigas está vivendo atualmente, lembrei do que passei anos atrás. Fiz algumas confidências que logo me arrependi, ela é rancorosa e achou que eu deveria ter reagido de maneira contrária ao meu modo de pensar.

Há alguns anos, vivendo em outro Estado, fui me endividando, não a ponto de me desesperar, mas a ponto de me preocupar. Já havia acontecido antes e fiquei "traumatizada". Deixei que pessoas à minha volta me magoassem, quanto mais queria agradá-las, mais as aborrecia...
Eu estava me sentindo ridícula em tudo que participava e com isso fui alcançando o "fundo do poço", não sabia mais como agir.

Estava tão desorientada que voltei para o divã de minha psicanalista de onde já havia tido alta. Com sua orientação e de alguns familiares do Rio de Janeiro,minha terra natal, fui me convencendo que era melhor voltar, passar alguns meses aqui, no Rio e resolvi ficar para sempre.
A sensação que tinha quando cheguei era de um afogamento, uma angústia que só foi melhorando com o retorno de minhas atividades.

Cheguei a um ponto de sensibilidade tão extrema que ao ler um livro ou assistir uma peça que lembrasse "um pouco" o que passei, chorava de soluçar, a ponto de preocupar minha irmã.
O que me fez ficar no Rio de Janeiro:
1) Apartamento próprio;
2) Custo de vida mais acessível;
3) Família;
4) Amigos;
5) Escola de Educação Financeira do Rioprevidência.

Seis meses depois de meu retorno ao Rio de Janeiro, comecei a frequentar a EEF e soube que "meu" Rio de Janeiro é o único estado que tem esta escola gratuitamente.
Hoje, com minha autoestima no pico do "Monte Everest", sinto que perdi muito tempo me preocupando com coisas que acontecem com todo mundo... corriqueiras...

Vejo amigas reclamando de estarem passando por tudo que passei sem o reconhecimento dos que as cercam e chego a conclusão que só fazem conosco aquilo que permitimos. Se tivesse naquele tempo o aprendizado que consegui obter na Escola de Educação Financeira em todos os cursos e palestras que frequentei, dadas por excelentes profissionais, não teria sofrido tanto.

Fernando Pessoa, em seu poema "Mar Português" consegue traduzir meus sentimentos:

"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."

Sinto que passei além do "Bojador"! Além da dor, da mágoa... Estou terminando este ano de 2014 com meu coração e minha mente completamente aberta para novas experiências. Estou "espelhando" o céu em toda sua plenitude! (http://pt.wikipedia.org/wiki/Bojador)

Meu projeto mais ambicioso para 2015 é promover palestras interativas com minhas colegas da UNATI/UCAM-MÉIIER, para tanto, frequentarei durante o ano, todos os cursos e palestras da Escola de Educação Financeira do Rioprevidência..

 



maria_lucia   Luz Borges

Aluna da Escola de Educação Financeira do Rioprevidência
Analista de Sistemas e Professora de Informática - aposentada
luz.borges@gmail.com



Depoimentos

"Fiquei muito satisfeito com iniciativa de compartilhamento de conhecimento desenvolvido pela professora Olivia sobre o tema da alimentação adequada/ saudável."


Guilherme Gomes - Professor Aposentado - participante da Palestra: Aproveitamento Total dos Alimentos - da Teoria à Prática.

continue lendo