Hoje, ao escutar o comentário de Mário Sérgio Cortella na CBN, lembrei-me de minha mãe.

Cresci ouvindo-a declamar "Velho Tema" de Vicente de Carvalho:

" Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos"

Antes mesmo de saber o que era verbo, substantivo, palavras homônimas já havia entendido que a felicidade era algo inalcançável porque não sabíamos lidar muito bem com este sentimento.
Na Escola de Educação Financeira do Rioprevidência, em diversos cursos e palestras ouço perguntas sobre o percentual que se deve gastar em lazer. Algumas pessoas criticam quem viaja e preferem frequentar restaurantes todos os finais de semana. Outras se divertem investindo em aplicações de alto risco e acompanham seus altos e baixos pelos sites, jornais e criticam os que se acham no direito de ajudar, com grandes quantias, clubes de futebol do time de seu coração...

Certa vez, fiz esta pergunta a meu filho e ele me deu uma resposta tão lógica que tem me ajudado. Criamos o percentual de acordo com o que nos realiza. Há quem goste de gastar grandes quantias em supermercado e curtir os finais de semana cozinhando, este percentual de uma conta que eu classifico como "Despesa Fixa" "Alimentação", fica com um percentual maior por conta da satisfação pessoal, podendo ser incluído na conta "Lazer". Quem gosta de comprar roupas, sapatos, acessórios, terá um percentual maior para estes itens, o importante é planejar e não gastar mais do que ganha.
O que nos acontece é que sempre achamos que a "árvore milagrosa que sonhamos" está sempre fora de nosso alcance... Estamos sempre criando metas e ao alcançá-las já estamos perseguindo outros objetivos... sonhos... Isso é viver!

Quando criança, entendia que o poema dizia que a felicidade era inalcançável, atualmente aprendi na EEF, (Coaching Financeiro) que devemos celebrar todas as metas atingidas que nos trazem felicidade.
Os cursos e palestras da Escola de Educação Financeira são interativos e aprendemos com as experiências de nossos colegas de classe e professores. Tomamos consciência que somos NORMAIS, caímos em ciladas de propagandas enganosas, compras por impulso e muitas vezes, achamos que nossos colegas e professores estão imunes e, eles confessam que já caíram em muitas armadilhas.

Luz Borges Aluna da Escola de Educação Financeira do Rioprevidência Analista de Sistemas e Professora de Informática - aposentada luz.borges@gmail.com