Ganhei de uma sobrinha uma planta exótica pela passagem de meu aniversário

O nome é Lança-de-São-Jorge, ela foi trançada e ficou muito original. Um lindo presente! Assim que ganhei, lembrei da Torre Eiffel, ela foi construída como arco de entrada da Exposição Universal de 1889, em Paris.

Imaginei milhares de pessoas passando pelo arco da Torre Eiffel para visitar a exposição e, observando minha "Sansevieira cylindrica" (lança-de-são-jorge) senti que atravessava um portal e lembrei quanta evolução houve no século que nasci.

Com essa impressão, surgiram várias questões. Quando criança pequena, ao surgir a TV Tupi, pensava... Como minha mãe viveu até agora sem a opção de assistir aos desenhos animados e a imagem do Índio Tupiniquim como logotipo, um lindo curumim que eu tanto gostava. O pão e o leite eram deixados no portão de nossa casa antes do amanhecer. O leite em embalagem de vidro... e ninguém roubava. O telefone era grátis e o aparelho era de um único modelo. No interior do Estado era à manivela e só havia um na cidade.

Ao imaginarmos a vida das pessoas de séculos passados, nos surpreendemos com a evolução de nós, seres humanos. A cada século vemos que nos dedicamos a desenvolver uma área. No século XVIII - século das Luzes, século XIX foi uma era de invenções e descobertas, no século XX foi um período com inúmeros avanços tecnológicos e agora, no século que vivemos, em escala global, verifica-se o aprofundamento do processo de Globalização da economia e da informação, potencializado sobretudo pela Revolução Digital, que, embora tivesse início ainda no fim do século XX, tornou-se efetivamente uma revolução no século XXI.

Todo este rodeio para dizer que, segundo muitos filósofos, também Lya Luft, "perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização". Muitos preferem viver com saudade do passado, eu, ao contrário, prefiro a impermanência... a mudança...a evolução... Concordo que no decorrer dos anos, a cada coisa que ganhamos, perdemos outra. Um exemplo que sempre cito é o sabor das comidas. O alimento preparado no fogão à lenha é mais saboroso do que no fogão a gás, que é mais gostoso do que no fogão elétrico, que é mais gostoso do que no micro-ondas, mas, em compensação, o que ganhamos em praticidade é incomensurável.

Haviam os mascates que vendiam roupas de cama, mesa e banho parcelado num caderninho. Uma senhora me vendeu um vestido para eu começar a trabalhar. Ia abatendo a conta mês a mês e ela insistia para eu comprar mais... O sistema de crédito foi um grande ganho, mas não saber utilizá-lo provoca perdas.

O grande acontecimento deste século, para mim, foi a criação da Escola de Educação Financeira. Eu, embora tenha me formado em Técnica de Contabilidade, feito curso de extensão para dar aulas e trabalhado alguns anos na área, nunca lidei bem com dinheiro. Aos 65 anos, aposentada, conheci a EEF, consegui "sair do buraco". Vivendo em plena "Revolução Digital" sinto muita vontade de utilizar todos os canais de comunicação para divulgar o grande feito do Rioprevidência: A Escola de Educação Financeira.
Frequento a Escola de Educação Financeira desde 2012 e, com isto, só tenho obtido "ganhos" em minha vida. Ela oferece consultas, palestras e cursos gratuitos relacionados a economia e finanças. É aberta a todos com inscrição pela internet.

Lucia Borges Aluna da Escola de Educação Financeira do Rioprevidência Analista de Sistemas e Professora de Informática - aposentada luz.borges@gmail.com