Crianças devem aprender noções de empreendedorismo – a Educação Financeira deve fazer parte desta construção.

16/08/2013

A maioria das crianças já dão mostras de que perceberam a realidade do sistema econômico em que vivem, no qual aprender a poupar para gastar ainda não faz parte da mesma equação.
Nesse contexto, a construção de habilidades para empreender, assuntos que para alguns dizem respeito a gente grande, devem passar a integrar o cotidiano da formação da criança, segundo o Gestor da Escola de Educação Financeira, Carlos Batalha.
Aos 6 anos já notamos algumas crianças sabendo muito bem o valor do dinheiro, principalmente quando "negociam" com os pais a compra de produtos. Nesse momento, os pais devem gerir os recursos financeiros (mesada) através dos conceitos de empreendedorismo. Um bom exemplo é ensinar a planejar antes de sair gastando.
Algumas crianças demonstram ter maior facilidade para lidar com esses conceitos, vendem objetos que elas mesmas produzem para parentes e amigos na Escola. Crianças com esse acentuado sentido econômico-financeiro são excelentes poupadoras e devem ser orientadas a ter prioridades, economizando para se divertir por exemplo.
Outro exemplo é a tão sonhada viagem para a Disney, nos Estados Unidos, que deve ser planejada e conquistada. Os pais devem ajudar os filhos a entender como a viagem será construída, utilizando os conceitos de empreendedorismo. "Que hábitos terão que ser criados para poupar dinheiro para esta viagem", "Chegando lá, como vou gastar o meu dinheiro, comprar as minhas coisas, já comecei a planejar esses gastos" – são perguntas que devem ser respondidas pelas crianças com a ajuda dos pais, frisa Batalha.
"As crianças aprendem brincando, e com a Educação Financeira não deve ser diferente". Apenas devemos considerar o foco na formação de competências empreendedoras como a de sonhar e planejar, o que poderá fazer a diferença na formação do jovem empreendedor, aponta.

Carlos Eduardo Batalha Tardin
Gestor Escola de Educação Financeira e Pedagogo