Crianças: diálogo é fundamental para o consumo responsável

21/10/2016

O Dia das Crianças se aproxima. Esta pode ser uma boa data e oportunidade para que pais e filhos aprendam a consumir melhor. Os pais precisam ter cuidado para não adquirir um presente além do que as suas condições financeiras permitem. Devem ser educados financeiramente, pois são como espelhos para seus filhos. Embora o maior acesso à informação, hoje, seja por meio da internet e das redes sociais, cabe aos pais estimular os filhos a economizar, antecipando também a educação financeira dos pequenos consumidores.

Carlos Eduardo Batalha, gestor da Escola de Educação Financeira, lembra que, apesar da felicidade dos filhos não ter preço, os brinquedos têm. Os “games” de última geração, telefones celulares ou “roupas de marca”, podem comprometer o orçamento da família. “Dizer não, muita vezes, pode educar mais do que dizer sim”, destaca. Segundo ele, estabelecer limites também é essencial para que os filhos tenham uma relação saudável com o dinheiro.

“A negociação é sempre a base da relação de amizade”, diz Batalha. O diálogo desde cedo é a melhor forma para mostrar aos filhos que existem outros gastos prioritários relativos à habitação, alimentação, saúde e educação, por exemplo.

O educador financeiro enfatiza que mesmo que existam condições financeiras favoráveis para a compra do presente, é preciso questionar e propor alternativas. “Ajude-o a fazer uma pesquisa de preços. Explique que agora, nesse dia das crianças, existe um valor máximo que você poderia desembolsar para comprar o presente. Então, caso o presente que ele deseja seja de valor mais alto que o disponível no momento, ele poderá optar por criar uma poupança para uma compra futura daquele presente que ele deseja”, explica.

Batalha explica que antes de ditar uma série de regras e proibições para as crianças, os pais precisam primeiro organizar a própria vida financeira, prezando não apenas pela saúde do orçamento familiar, mas também pela relação saudável de todos os membros da família, inclusive das crianças, com o dinheiro e o consumo.